Não é incomum diretores projetarem nos filmes situações de sua vida real. Foi o que aconteceu nas filmagens de “The Prom”, que fez o diretor Ryan Murphy relembrar o trauma que sofreu nessa época, quando foi mandando por seus pais a um psiquiatra para “se curar” da homossexualidade.
A revelação foi feita ao The Hollywood Reporter sobre a estreia do novo filme, com lançamento previsto para 11 de dezembro na Netflix, que conta justamente a história de uma estudante do ensino médio que é proibida de levar a namorada como acompanhante para o baile de formatura.
Sempre achei que o baile era uma maneira de você modelar o romance. Para crianças gays, você não tem permissão para ir, na maioria das vezes, no país. Ou então você esconde quem você é e vai com o sexo oposto. Mesmo tendo ido três vezes, sempre me senti como um estranho em uma terra estranha.
Ryan Murphy fala da sua experiência com bailes de formatura
Para ele, dirigir “Te Prom” foi libertador pela sua experiência pessoal. Para ele o filme mostrará para crianças LGBTI+ do mundo inteiro que elas podem ter uma experiência romântica como todo mundo. “Adoro que as crianças possam ver isso em todo o mundo, as que estão excluídas dessa experiência. Não apenas no baile, mas na vida”, comentou na entrevista.
Questionado se o filme seria a festa de formatura que ele nunca teve, Murphy lembrou que no dia seguinte a uma formatura seus pais o levaram para um psiquiatra para “se curar”. Ele afirma ter sorte de encontrar um profissional que o ajudou muito na aceitação e disse claramente aos pais que precisavam fazer o mesmo.
Ele chamou meus pais e disse chamou meus pais e disse: Vocês tem uma escolha aqui: você pode tentar mudá-lo e perdê-lo, ou pode aceitá-lo e amá-lo.
Ryan Murphy relembra quando pais mandaram para psiquiatra
Por fim, apesar da aceitação após esse auxílio profissional, Murphy contou que ainda assim arrumou uma amiga para ia ao seu baile de formatura, “porque não tinha permissão para entrar com meu colega”.
Confira abaixo o teaser de “The Prom”