Estreia amanhã (20/01) a exposição fotográfica virtual “Afetividades Ordinárias”, com trabalhos do fotógrafo João Bertholini. O objetivo é adaptar a mostra ao atuais tempos de isolamento social, aumentar a visibilidade e, de uma forma geral, humanizar o olhar sobre a vida trans.
A inauguração da exposição online será neste dia 20/01, às 19h, com uma live em que o fotógrafo fará uma conversa sobre questões plásticas, políticas e sociais envolvendo especialmente o universo de pessoas transgêneras, em parceria com a Oficina Cultural Oswald de Andrade. A transmissão será simultaneamente por uma plataforma e o canal do Youtube da Oswald.
Neste dia será exibido ainda um vídeo-documentário dirigido pela cineasta e educadora social Day Rodrigues, com diálogo entre João Bertholini e a artista, ativista e publicitária Neon Cunha em que debatem sobre o papel da fotografia e da arte em suas relações de significação na sociedade e o quanto podem produzir ou não sentidos mobilizadores.
A exposição fotográfica online “Afetividades Ordinárias” apresenta 31 retratos do fotógrafo, com curadoria e texto de Neon Cunha, em que João Bertholini revela a vida de pessoas trans do ponto de vista humano e banal. São cenas cotidianas, de demonstrações de afeto e intimidades trocadas, em retratos previamente agendados ou feitos na rua, de pessoas vivendo em ocupações e abrigos públicos ou mesmo de ativistas reconhecidas.
O site que abrigará a exposição terá ainda uma segunda galeria com o zine digitalizado, contendo um número maior de imagens, textos autobiográficos e poéticos de Neon Cunha e da atriz e escritora Ave Terrena, e ainda uma música-poema da dançarina e cantora Danna Lisboa, cedida especialmente para integrar o projeto.
Por fim, João Bertholini coordena duas turmas para a oficina “Olhar o Outro – Retrato e Afetividade” (dias 27 e 29/1), que busca abordar a importância e o significado do retrato como forma subjetiva de reconhecimento da própria identidade e da humanidade do outro. O artista vai estimular os participantes a se fotografarem a fim de identificarem o olhar e a sinceridade que conseguem imprimir nas imagens, além de ensinar técnicas para a valorização da câmera que tiverem à disposição, do celular ao equipamento profissional.