Um levantamento da Outsports revelou que Tokyo 2020 é a edição olímpica mais diversa quando falamos de atletas LGBT. O resultado é reflexo de uma maior inclusão no esporte e na sociedade, permitindo que cada vez mais atletas falem abertamente de sua sexualidade ou identidade de gênero.
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O número de LGBTI+ que mostram abertamente sua sexualidade ou identidade de gênero saltou para 168 em Tokyo 2020, mais que o triplo registrado no Rio 2016 (56 no total). Em Londres 2012 o número era de 23.
O aumento se deve também não só a um possível aumento de participantes, mas também atletas que já participaram de outras edições só “saíram do armário” recentemente. Um exemplo é Quinn, jogadore de futebol que só tornou público o fato de ser trans não-binária depois de sua participação na Olimpíada do Rio.
As redes sociais aproximaram os ídolos do esporte de seus fãs, que passaram a acompanhar o dia-a-dia dos atletas. Dessa forma, alguns “outings” foram feitos de forma natural, sem uma espécie de pronunciamento ou algo do tipo. Mas também não é incomum entrevistas ou posts nas redes sociais serem usado para os atletas se abrirem a respeito.
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Pelo levantamento da Outsports, 27 países estão representados em Tokyo 2020 por pelo menos um atleta queer. O Brasil é o quinto país com mais atletas LGBT (14). Entre os brasileiros, Marta, que inclusive dedicou um gol em Tokyo 2020 para sua mulher, e Douglas Souza, do vôlei masculino, que já participou da última Olimpíada, mas ganhou notoriedade ainda maior agora no Japão.
Trinta esportes contam com presença de atletas LGBT, sendo o futebol o esporte com mais esportistas queer (42), seguido por rugby (13) e basquete (13). A representatividade é celebrada pela comunidade como forma de mostrar aos LGBTs que podem ser grandes no que querem fazer, independente do que seja.